Andrews Jose de Lucena

Título

A Ilha de Calor na Região Metropolitana do Rio de Janeiro

 

Orientador(es)

Otto Corrêa Rotunno Filho
José Ricardo de Almeida França
Leonardo de Faria Peres

 

Resumo

Este trabalho estuda a ilha de calor no espaço da região metropolitana do Rio de Janeiro (RMRJ) por meio da análise de séries temporais de estações meteorológicas com dados de temperatura do ar e precipitação, da estimativa de diferentes parâmetros com base em dados de sensoriamento remoto, nomeadamente dos sensores TM e ETM+ a bordo, respectivamente, dos satélites Landsat-5 e 7 e da modelagem atmosférica a partir do modelo de previsão numérica de tempo MM5. A partir de estudos de regressão e de componentes principais com base nos dados das estações meteorológicas, evidencia-se ascensão da curva da temperatura e decréscimo da pluviosidade a partir da década de 50 do século XX, definindo, nas últimas três décadas, um cenário mais quente e seco. Os dados de sensoriamento remoto foram utilizados na classificação do uso do solo e no cálculo da temperatura de superfície continental (TSC), do índice de vegetação NDVI e do índice de área construída IBI para um período de 30 anos de imagens, permitindo a observação da evolução temporal desses parâmetros entre as décadas de 80, 90 e 2000. Os resultados mostram que as áreas urbanas correspondem àquelas mais quentes, com especial destaque para a década de 2000, estabelecendo a RMRJ como um espaço sensível à ocorrência e aos efeitos da ilha de calor metropolitana (ICM).

 

Abstract

This work studies the heat island within the metropolitan area of Rio de Janeiro (MARJ) through the analysis of time series of weather stations with air temperature and rainfall data, the estimation of different parameters based on remotely sensed data, including the TM and ETM+ sensors aboard the Landsat-5 and 7 satellites respectively and atmospheric modeling based on the numerical weather prediction model MM5. From studies of regression and principal components based on data from meteorological stations, it is highlighted the rise of the temperature curve and a decrease in rainfall from the 50s of the twentieth century, setting a more warm and dry scenario in the last three decades. The remote sensing data were used to classify the land use of the RMRJ and also in the calculation of land surface temperature (TSC), the vegetation index NDVI and the ratio of built area IBI for a period of 30 years of images, allowing observation of the temporal evolution of these parameters between the 80s, 90s and 2000s. The results show that urban areas match those warmer, with particular emphasis on the 2000s, providing full support for MARJ to be considered as an area sensitive to the occurrence and effects of the metropolitan heat island (MHI).

 

Imprimir