Osvaldo Moura Rezende

Título

ANÁLISE QUANTITATIVA DA RESILIÊNCIA A INUNDAÇÕES PARA O PLANEJAMENTO URBANO: CASO DA BACIA DO CANAL DO MANGUE NO RIO DE JANEIRO

Orientador(es)

Marcelo Gomes Miguez

Resumo

O problema das enchentes urbanas ainda é, em muitos casos, tratado como uma conseqüência direta do excesso de chuva, sem considerar o funcionamento da bacia hidrográfica como um sistema interdependente e sem considerar as suas interfaces com o próprio desenvolvimento da ocupação do território. A abordagem tradicional implica em continuadas intervenções localizadas e corretivas, pós eventos, exigindo investimentos cada vez maiores para implantação de estruturas capazes de comportar o aumento de vazões gerado pela urbanização, com consequentes transtornos para a própria área urbana já instalada. Esses esforços não evitaram que inundações continuem a provocar grandes prejuízos em todo o mundo, indicando a necessidade de uma mudança na estratégia de manejo das águas pluviais, passando de uma análise custo-benefício simplificada das obras estruturais de controle de enchentes para uma abordagem de gerenciamento do risco aplicado a um plano de manejo de águas pluviais, com a internalização do risco residual, considerando as diversas incertezas inerentes ao processo de formação das cheias, como as mudanças climáticas e o próprio desenvolvimento urbano. A presente pesquisa aplica o gerenciamento de risco de inundações para análise da eficiência de projetos como ferramenta essencial para o planejamento do território e avaliação da resiliência urbana.

Abstract

Urban flooding is still, in many cases, treated as a straight consequence of excess rainfall, without considering the watershed functioning as an interdependent system and its interfaces with the development of the territory occupation. The traditional approach implies continuous localized and corrective interventions, post-events, requiring increasingly large investments for the implementation of structures able to accommodate the increased runoff generated by urbanization, with consequent disturbances to the urban area already installed. These efforts have not prevented floods from continuing to cause major damage worldwide, indicating the need for a change in stormwater management strategy from a simple cost-benefit analysis of structural flood control measures to a risk management approach applied to a stormwater management plan, with residual risk internalization, regarding uncertainties inherent in flooding process, such as climate change and urban development. The present research applies flood risk management to analyze the efficiency of urban drainage interventions as an essential tool for territory planning and urban resilience evaluation.

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