images/Logo/logo_50anos_novo1.jpg

Amanda Pereira Vieira

Título

AVALIAÇÃO DA RETRAÇÃO AUTÓGENA DE CONCRETOS DE ALTO DESEMPENHO PRODUZIDOS COM CINZA DA CASCA DE ARROZ

Orientador(es)

Romildo Dias Toledo Filho

Resumo

Estudos apontam que a estrutura celular da cinza da casca de arroz (CCA) écapaz de reter água em seu interior, reduzindo a auto dessecação de concretos. Entretanto, não são apontados quais seriam o tamanho mediano (D50) de partícula e o teor de substituição ideais para reduzir a retração autógena, e se diferentes teores de carbono residual presentes na CCA influenciam nesses resultados. Para o presente estudo, foram produzidos concretos de classe de resistência à compressão de 65 MPa eduas etapas de pesquisa estabelecidas. Na primeira etapa, avaliou-se a influência do D50 e do teor de substituição por meio de um desenho de experimentos 22 com um ponto central. Foram selecionados teores de substituição de 8 a 12%, com D50 variando de 7 a20 μm. Um concreto sem adição e outro com sílica ativa foram utilizados como referências. Na segunda etapa do estudo, avaliou-se a influência de teores de carbono iguais a 0,5, 6 e 12% na retração autógena do concreto contendo 12% de CCA com D50 igual a 20 μm. O resultado da análise fatorial indicou que para reduzir a retração autógena duas situações foram possíveis: (i) partículas ultrafinas devem ser usadas em teores baixos de substituição; (ii) cinzas com D50 maior que 14 μm podem substituir o cimento em teores maiores. O concreto com CCA 20 μm com 12% foi considerado como ótimo por apresentar maior teor de substituição. Ao comparar este resultado de retração com os obtidos para os concretos de referência, concluiu-se que, a CCA 20 μm foi capaz de mitigar a retração autógena dos concretos. Os estudos de caracterização da cinza e a medida do teor da umidade relativa interna dos concretos indicaram que o volume de mesoporos da CCA foi fundamental para reter água em seu interior e diminuir a autodessecação. A presença de altos teores de carbono residual das cinzasnão influenciou os resultados de retração autógena em idades acima de 28 dias.

Abstract

Some studies have attributed to the porous morphology structure of the rice husk ash (RHA) its capacity to retain water and reduce the self-desiccation of concrete. However, the ideal particle size (D50) and the cement partial replacement level to reduce autogenous shrinkage are not well specified, and also if the different residual carbon contents present in the RHA can affect these results. In this study, a 65 MPa- compressive strength concrete was produced aiming the study of autogenous shrinkage.For this, two experimental stages were established. In the first stage, the influence of D50 and cement replacement by RHA was evaluated through a 22-factorial design with a central point. The cement replacement levels varying from 8 to 12% and D50 ranging from 7 to 20 μm were selected. A concrete without mineral admixture and another with silica fume were used as references. In the second stage, the influence of 0.5, 6 and 12% of loss on ignition on RHA on autogenous shrinkage of concrete containing was evaluated. The results indicated two conditions for reducing concrete autogenous shrinkage: (i) ultrafine particles should be used at low replacement levels; (ii) ashes with D50 greater than 14 μm could replace the cement at high contents. The concrete with 12% of 20 μm-RHA was considered the optimal since this mixture presented the higher replacement content. The significant decrease in concrete self-desiccation was due to the pore structure of the 20 μm-RHA, especially the volume of mesopores. Thepresence of high levels of residual carbon from the ashes did not influence the results ofautogenous shrinkage at ages above 28 days.

Print